quarta-feira, 6 de junho de 2012

DE NÊGA



De neve,
escondia sua pele.
Queria ser palida,
queria ser esguia,
nao sabia quanta beleza tinha
em sua cor.

De barro,
como debochavam.

atrapalhavam seus passos,
negavam-lhe o proprio amor.

De salto,
brinco e colar.
No alto,
é camarote! é camarote!
por todo dinheiro do mês
e ainda vai faltar.


Destrato,
no ato
nao aproveita
nem elogio, nem alcool.
em suas coxas

escorre suor,
cheira a força,
sem direçao
sem meta.

nega, nao seja
branda nao haja
no peito aproveite
,o grito,
por menor que venha.

De neve de barro,
no carro no bairro,
todos falam
"la vai ela" "la vai ela"
de leve de neve,
devania a nega.
quao melhor
, do breu,
seria,
se nua, se sua,
levantasse,
gingasse e rodasse,
se entregasse e
dona de si
sonhasse.
de salto de posse
de si se orgulhasse.

Nenhum comentário: