domingo, 6 de março de 2016

RARA

Todas as palavras,
Olho no olho ( e um foge)
Sem pingo fora do “i”.
Talvez,
Se o muito fosse raro
E o que era raro fosse pouco mais
Seria o ainda, ao invés do fim.
Gota a gota
Nem a primeira nem a última.
É a torneira pingando bugre velho
Que faz ultrapassar os limites do copo.
Se houvessem mais dias de carinho
Beberia as gotas sem sombra fresca.
Fúria casulo, amor maior borboleta
Mas, precisa se transformar…
Só ao se transformar…
Todas as palavras
Tantas jogadas fora
Tantas desgastadas
Inutilmente usadas.
Se essas calassem
O fim emudeceria
E os sorrisos diriam
, sem pingo fora do “i”,
Até o fim…

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